terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Uma nota a respeito da língua

Eu sinto que é necessário falar um pouco a respeito das línguas. Não as línguas fictícias do jogo, mas as línguas reais nas quais os jogos são escritos.

Muitos já perceberam (e ainda perceberão muitas outras vezes) que é bem comum eu utilizar os termos em inglês quando falo de algum aspecto do Dungeons & Dragons. Principalmente nas postagens relacionadas ao AD&D 3.5. E acho importante tocar nesse assunto porque preciso esclarecer alguns pontos.

Esse uso de termos em inglês acontece não porque eu tenha algum preconceito com a língua portuguesa, ou por algum americanismo de minha parte, mas simplesmente porque existe mais de uma tradução do Dungeons & Dragons (ao menos uma da Abril e uma da Devir, sem contar as não-oficiais), e porque existe mais material não-traduzido sobre o D&D do que há material traduzido.

Esse último fato também é um dos fatores que me levou a escrever o AD&D 3.5 em inglês (isso e a facilidade de utilizar o texto original de Chris Perkins como base). Essa decisão foi para que fosse mais fácil para eu adaptar material de outras edições para a minha versão do jogo. Isso implica em que provavelmente qualquer fração do meu AD&D 3.5 que eu venha a disponibilizar para apreciação, num primeiro momento, estará em inglês.

No entanto, aqueles que não se dão muito bem com a língua inglesa não precisam se preocupar, sempre que possível, nas postagens eu tentarei traduzir o máximo possível dos termos utilizados. E quem sabe num futuro eu não venha até a traduzir o material todo.

4 comentários:

  1. Como vários leitores do DC, eu também sou da época em que RPG era somente em inglês. Não havia edições em português e, no máximo, fazíamos uma tradução das regras on the fly para apresentar aos novatos. As fichas de personagem eram uma miscelânea de inglês/português, dependendo do grau de fluência do jogador. Mas o mestre, poliglota por necessidade, tinha que se virar pra refenrenciar o PHB, o DMG, o MC, e os livros do cenário de campanha.

    Lembro particularmente de quando comprei duas aventuras de DragonLance (a Knight's Sword e a Flint's Axe) e passei uma semana lendo com o dicionário do lado, fazendo apontamentos. Não preciso nem dizer que meu vocabulário em inglês aumentou consideravelmente por causa do RPG.

    Por isso não vejo problemas em se trabalhar com o texto do AD&D 3.5 em inglês. Acho até benéfico para os jogadores, que poderão aprimorar seus conhecimentos da língua, como foi o meu caso.

    Além disso, há certos termos que não podem ser traduzidos adequadamente, pois perdem parte do seu significado (e isso não acontece apenas do inglês para o português, mas entre quaisquer línguas). E, ainda, algumas expressões só fazem sentido quando ditas em inglês, principalmente quando são relacionadas a um cenário específico... Hey, cutter, don't be an addle-cove! Stop rattling your bone-box and hear the chant: English is good.

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  2. concordo com o jorge. na minha mesa costumavamos falar coisas tipo "lancei um sleep" , ou "faz um teste de força e um de DX" (essa de DX veio do gurps, pois aqui no D&D era DES).

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  3. Pois é, eu também até hoje tenho o costuma de falar "ST", "DX", "HT" e "IQ" por causa do GURPS. Me policio para falar os nomes corretos dos atributos!

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  4. Bom artigo sobre o uso das línguas corvus.
    Sinto o mesmo que você quando escrevo. eu me esforço para traduzir o mais importante, mas também quero que aquele que lê possa se motivar a aprender a língua ingleasa, pois acredito que isso fará que tenham um maior acesso ao rpg (e na vida em geral). Muito bom.

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